5.16.2006

minas textil

Saimos de porto na sexta dia 28 em busca das riquezas, da sensibilidade, habilidade e do espelho da alma do povo do sertão das minas gerais. Nesta busca encontramos a expressão de tecnicas transmitidas de pai para filho, de vizinho para vizinho e encontramos coisas lindas de encher os olhos e o coração.
Eramos 24 tecelãs achando que já faziamos alguma coisa. Tivemos que "enfiar a viola no saco" como diz um ditado bem popular.
Antes de chegarmos a Carmo do Rio Claro já nos deparávamos com a beleza natural causada pelo alagamento da represa de Furnas


No domingo dia 03 começamos nossas visitas aos atelies e as surpresas foram grandes.


Esta primeira visita ficará marcada pela história da Vaninha. Quando da criação da barragem a cidade ficou submersa. Os homens perderam seus trabalhos e tiveram que deixar suas familias para irem atras de trabalho em outros lugares. As mulheres cuidando dos filhos... Vaninha, pessoa humilde mas não acomodada, com o pouco que sabia resolveu juntar algumas vizinhas e começou a tecer. Improvisou alguns teares e em pouco tempo os maridos estavam voltando para juntarem-se a elas no trabalho de tecelagem. Há cinco anos ela veio a falecer em um acidente e seu marido continuou o trabalho que hoje é feito pelos homens. A cidade voltou a crescer e a economia da região está estruturada na tecelam manual. Ver www.damaserosas.com.br

Na segunda-feira dia 04 fomos a Muzambinho, distrito de Carmo, onde fazem os tapetes com fios de algodão. Nesta tecelagem eles tem todo o trabalho de fiar, tingir e urdir e fio.


A tarde visita a Valéria, a artesã que dita a moda na tecelagem. Ela cria os padrões, modelos deste ano que são copiados ano que vem pelos artesãos da região. Tudo nela é original, até o carinho com a decoração.


De Carmo continuamos a viagem para Tiradentes.
Uma coisa típica desta região são as bonecas nas janelas chamadas de "namoradeiras"


Na quarta-feira dia 06, fomos a Bichinhos distrito de Tiradentes.
Outro trabalho interessante com artesanato desenvolvido por um designer que se instalou na região. Trabalho feito com meninos e meninas e vendido no exterior. Uma amostra de parte do interior da loja.


A tarde visita ao centro histórico de Tiradentes.
A casa de Padre Toledo onde aconteceu a primeira reunião dos inconfidentes. No andar de cima.


Uma típica ruela, vista da Igreja de Santo Antonio, a igreja mais rica em ouro das Minas Gerais.


Quinta-feira dia 04, ida a São João Del Rey, e visita a parte hisórica da cidade. Igreja de São Francisco de Assis, pertencente a Irmandade de São Francisco. As pessoas que pertenciam a esta ordem e viessem a falecer eram enterrados no cemitério atras da Igreja, caso de Tancredo Neves e Dona Risoleta.


Visita a fábrica de estanho e visita para compras a loja



Visita ao Museu ferroviário - primeiro trem a vapor no Brasil, para transportar a familia real.
Saída para Caxambu.


Sexta-feira, dia 08 saida para Muquem, visita às tecelãs que junto com Renato Imbroisi, desenvolvem trabalhos para o exterior. Dona Eva, que nunca tinha saído do lugar foi com ele para o Japão e fez uma palestra para mais de cem pessoas dizendo do trabalho desenvolvido na comunidade. Foi aí que tivemos nossa oficina de criação de cestaria com palha de milho e um verdadeiro pic nic daqueles com direito a toalha xadrez na grama...


Retornando a Caxambu, cidade pequena com o maior parque de águas da cidade - 13 fontes com águas de diferentes sabores e composições. Com direito a passeio de charrete


Sádado dia 06 fomos dar uma volta em São Lourenço.
Domingo dia 07 retorno para porto. Passamos por Aparecida do Norte e de dentro do onibus bati a foto da basílica enquanto que a Alice pedia as graças de que precisávamos.


Rogai por nós... o coro de 24 vozes se fazia ouvir pelos quatro cantos do onibus.

Um comentário:

Gio Toninelo disse...

Que fotos mais bonitas! Uma viagem sensacional mesmo! O seu sorriso me diz que valeu a pena! Saudades...